Uma criança é canhota não porque ela decidiu assim. Os especialistas confirmam que uma pessoa é destra ou canhota, desde o momento que nasce.
Muitos pais se perguntam se existem técnicas que possam alterar o domínio da mão esquerda do seu filho para a direita, como se isso fosse uma decisão do menino ou da menina.
O domínio da mão, seja direita ou esquerda, quem determina é o cérebro. O lado direito controla a mão esquerda e o esquerdo a mão direita. Por essa razão, a uma criança canhota, não se pode obrigar a escrever com a mão direita. Não existe treinamento algum que a faça mudar.
Por mais esforços que tente, a criança continuará tendo que usar sua mão esquerda para a realização de ações, já que isto é parte da sua natureza e não de um hábito ou um costume que ela tenha adquirido. Se obrigarmos uma criança a utilizar a mão mais débil e menos hábil na realização das tarefas, os resultados podem ser frustrantes para ela. Ela se sentirá esgotada sem razão e a tornará mais tímida.
Mudar as preferências laterais das crianças implica em desvantagens como dificuldades para distinguir a direita da esquerda, transtornos na escrita, dislexia e inclusive gagueira. A principal preocupação que deve existir com a criança canhota, é a adaptação dela a um mundo feito na sua maioria para destros.
Em parte, esta mentalidade ficava a dever-se a estruturas culturais que encaravam a mão direita como a do bem e a esquerda como a mão do mal. Ainda hoje, algumas culturas relegam o uso da mão esquerda para as tarefas menos limpas. Infelizmente, este quadro mudou para bem.
Alguns estudos afirmam que a genética é uma das causas de ser canhoto. Uma criança que tem um pai canhoto, tem aproximadamente 10 por cento de probabilidade de sê-lo também. No caso que seja a mãe canhota, esta probabilidade aumenta 20 por cento. E se tanto o pai como a mãe são canhotos, a criança tem a probabilidade de 50 por cento em nascer canhota.
No entanto, existem outros fatores que também explicam o porque do filho nascer canhoto. Existem pesquisas que relacionam um alto nível de testosterona (hormônio masculino) presente no útero da mãe antes do nascimento do bebê.
Outras pesquisas revelam que lesões em um hemisfério cerebral do bebê, durante a gravidez ou nos dois primeiros meses de vida, podem induzir que um deles se desenvolva mais. Se é o hemisfério esquerdo o lesionado, provavelmente se desenvolva uma criança canhota.